Estava revendo a paródia abaixo e comecei a refletir sobre os traços de humanidade na personalidade de Cristo e na maquinização do fazer pedagógico. Hoje e nos próximos dias, estaremos analisando as cenas do vídeo e publicando as reflexões que geraram em nós.
Cena 1 – A máquina pede as roupas do sábio. Este ao recusar lhe entregar, é agredido com um soco no rosto.
Jesus era amoroso, misericordioso, cheio de compaixão e calmo. A máquina, frio e programado para matar, não sabendo ouvir um não, fere o sábio. Podemos adotar em sala de aula a frieza do andróide ou o calor humano do afeto, da compreensão, do respeito e do diálogo.
Recentemente um rapaz entrou em uma escola do Rio de Janeiro e atirou em várias crianças. Sempre que crimes hediondos e massacres, atos de violência e selvageria acontecem, somos movidos a dizer que o tal ser humano perdeu sua humanidade.
Hoje até onde se sabe não se coloca o aluno mais ajoelhado no milho ou se joga o apagador em sua cabeça e dá-lhe uns bolos na mão com a palmatória. No entanto, socos emocionais têm sido desferidos e machucado muitos. Indisciplina é um não que as vezes nossos alunos nos dirigem. Então, perdemos o controle e explodimos. A relação vai se tornando meramente profissional e impessoal. A verdade é que nossa atitude para com nossos alunos irá determinar o grau de humanização ou maquinização de nosso fazer pedagógico.
Em Mateus 25: 36-40 Jesus diz que ao darmos de vestir o nosso próximo estaríamos o vestindo. Podemos entender a máquina também como aquele aluno “sem noção” que aparece em nossa sala despido. Sem a proteção do conhecimento, apenas revestido da vergonha de ainda não saber o que todos os outros já sabem. Sem o manto do tipo de comportamento e atitudes que se espera dele, apenas revestido de uma passividade irritante, de uma raiva incontida, de um desinteresse latente... O professor humano se for realmente sábio não se negará a vesti-lo.
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