terça-feira, 31 de maio de 2011

Sem mim nada podeis fazer

                                                                                    Fonte: Ivan Cabral.com



Certa vez Jesus disse: “sem mim nada podeis fazer” ( João 15:5 ). Isso é o  que muitos professores deveriam dizer aos que consideram que o uso das novas tecnologias na escola irá progressivamente excluir o profissional docente do processo educativo. Hoje existem manuais para se aprender qualquer coisa. Na internet basta um clique e você pode ter acesso a tutoriais que tem fomentado o autodidatismo. Não ignoro a possibilidade e preenchem a necessidade de um  perfil de aluno, mas educação ainda é e será como nos diria Vigostsky, interação com o outro. Multiplicam-se os cursos de educação a distância, video-aulas, porém, a figura do professor continua sendo imprescindível. Nada substitui o contato humano. A escola não é só um espaço de aprendizagem, mas convivência. Ao educar, o professor não apena ensina, também aprende; e o aluno não só aprende matemática, história e geografia, aprende a se desenvolver, aprende a se relacionar, aprende a pedir ajuda quando  precisa dissipar suas dúvidas, aprende a expressar sentimentos e opiniões. É muito mais fácil automatizar a educação do que proporcionar as condições necesssárias para o professor desenvolver o seu trabalho com excelência, no entanto, a escola não fabrica carros, não produz computadores em série, não aperta parafusos... ela forma gente, pessoas que precisam de outras pessoas para se desenvolverem.    
 

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Professores de ouro – Parte Final



Cristo é um Rei amoroso - Jesus não era rude, grosso, ríspido, intransigente, indiferente, omisso. Ele era gentil, amável, carinhoso, cheio de misericórdia e amor. Jesus era um mestre afetuoso. Jesus valorizava as pessoas, elogiava, não tratava de modo impessoal as afastando de si. Jesus era amoroso justamente por ter todas as qualidades mencionadas nos posts anteriores. Então só nos resta como educadores seguir o seu exemplo.  

domingo, 29 de maio de 2011

Professores de ouro – Parte 11




Cristo é um Rei Manso – Certa vez as pessoas de uma cidade não quiseram recepcionar Jesus. João indignado, com raiva perguntou se gostaria que orasse para que fogo do céu destruísse a todos daquele lugar. Jesus, porém, não permitiu (Lucas 9: 51-56). Outra vez soldados vieram prendê-lo e Pedro perdendo a calma, cortou a orelha de um deles com sua espada. Jesus serenamente o repreendeu e fez o corpo do soldado voltar ao seu estado original(João 18: 10; Lucas 22: 49-51). Um dia também estavam os discípulos num barco quando soprou uma forte tempestade, desesperados encontraram Jesus dormindo tranquilamente. Eles apavorados e até de certa maneira ressentidos questionaram a Jesus como Ele poderia dormir enquanto quase morriam tragados pelo mar bravio (Marcos 4: 35- 41). Jesus cessou a tempestade e disse que a fé deles ainda era muito pequena. Hoje é muito fácil perder a paciência com os alunos, parece que muitos testam os limites da nossa serenidade. Nessas horas dá vontade de fazer uma massagem no pescoço do aluno e alguns infelizmente realmente concretizam o desejo. Creio não ser necessário falar da importância de se ter domínio sobre nossas emoções. Atitudes intempestivas em geral só causam dor e sofrimento para depois provocar aquela sensação de arrependimento, mas o tempo não volta, as palavras não voltam como diz o ditado chinês. Então, o que podemos aprender com Jesus para manter a calma? No episódio da tempestade Jesus estava dormindo, ou seja, descansando. Sempre achei errado ver professores diversas vezes ao dia fora de suas salas. Os via bebendo café, conversando com o colega da sala ao lado, indo ao banheiro ou simplesmente se dirigiam a sala dos professores para sentarem e descansarem um pouco, folhearem rapidamente uma revista e depois voltar para continuarem de onde pararam. São uns enrolões! Não!. São inteligentes. A experiência os ensinou que devem de vez em quando sair do olho do furacão. Os discípulos perderam a calma, pois estavam focados demais no problema. Só viam diante deles as ondas gigantes, o barulho e o efeito ensurdecedor do vento.

sábado, 28 de maio de 2011

Professores de ouro – Parte 10




Cristo é um Rei Justo – Jesus é amor (João 15:12,13), mas também é justiça (2 Coríntios 5:10; João 8:15,16). Ele não era dirigido pela “lei do privilégio”. Suas palavras e sua conduta não se desviavam da justa Lei de Deus. Em seu ministério não havia barganha e favorecimentos. Jesus não condenava, no entanto, também não se omitia de dizer a verdade e fazer com que o pecador reconhecesse seus erros por si próprio. Certa vez um homem rico correu ao encontro de Jesus e ajoelhando-se aos seus pés tentou bajulá-lo dizendo “Bom Mestre, o que farei para herdar a vida eterna”, ao que recebeu como resposta: “Porque me chamas bom? Só Deus é bom” Marcos 10:17-22). O homem queria agradar a Jesus com palavras lisonjeiras no intuito provável de obter algum favorecimento ou pelo menos ser visto “diferente” das demais pessoas. Porém, Jesus não o poupou, e lhe disse o que diria a qualquer um, independente de posição social - “vai vende tudo o que tens e segue-me”, ou seja, “não venha querer comprar a sua salvação com palavras bonitas. Se você não fizer o que tem de ser feito como todos, não herdará o Reino dos Céus - o homem entristecido se foi. Jesus era justo. Quando relevamos os erros daquele nosso melhor aluno, quando permitimos que ele vá no banheiro ou beber água mesmo que o combinado tenha sido só no recreio como todos somente por que simpatizamos com ele, quando damos um pontinho a mais porque gostamos dele mesmo que ele não mereça e punimos o que nos dá um trabalhão, seja por indisciplina, seja por estar ainda no mesmo nível de conhecimento ou não apresentar o mesmo ritmo de aprendizagem, então não estaremos sendo justos como Cristo. Professores de ouro sabem que privilégios fomentam o caos em sala de aula, mas a justiça, o respeito e a paz.  


sexta-feira, 27 de maio de 2011

Professores de ouro – Parte 9





Cristo é um Rei Bom – A maior bondade de Jesus se manifestou na cruz, por isso disse: “Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida por suas ovelhas” (João 10:11). Com isso queria dizer que a bondade se concretiza em ações, pois não basta o desejo, a intenção. Querer o bem dos alunos é insuficiente, são necessárias atitudes que demonstrem isso. Fugir de compromissos, abandonar à própria sorte, não orientar e passar a mão na cabeça do educando mesmo que este tenha errado, configura-se como omissão, despreparo e semeadura de um mal estar que se instalará em sala de aula. No exemplo de Jesus percebe-se que a sua bondade estava na entrega. Professores que não se dedicam e fazem um trabalho abaixo do que poderiam, serão vistos talvez como professores bonzinhos, mas não, bons. Assim, haverá de ter a congruência entre o discurso e a prática uma vez que bondade não se mede pelo falar, mas o fazer, com zelo.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Professores de ouro – Parte 8



Cristo é um Rei Sábio - Quem gostaria de estar sob a liderança de uma pessoa sem sabedoria? Quem entregaria seus negócios a quem é imprudente, insensato e tolo? Em I Coríntios 1:30 a Bíblia diz que Jesus é a sabedoria de Deus . Foi por isso que ainda com pouca idade já deixava maravilhados os Doutores da Lei, ouvindo-os e os interrogando e ainda respondendo a eles (Lucas 2:41-52). Assim, além do conhecimento acumulado, percebe-se que a sabedoria se manifesta no ato humilde de ouvir o outro e aprender com ele. O professor que tolhe o aluno de se expressar; que não escuta suas ideias, suas experiências, suas necessidades e anseios; e que se apoia estritamente em sua prática não procurando auxílio nas pesquisas relativas à área educacional e as teorias surgidas, corre o risco de que o exercício de sua função se torne enfadonho e repetitivo. Porém, a sabedoria de Jesus não se constituía em performances de oratória. A sabedoria de Cristo era concreta. Jesus nos ensinou que ser sábio é uma atitude que nos dá o poder de enfrentar os obstáculos que surgem em nossa vida e superá-los. Ser sábio é saber lidar com as situações embaraçosas, é antecipar o resultado de nossas ações, é aliviar a dor dos que sofrem, é entender que o amor e o perdão é a melhor resposta. Do que adianta o muito conhecimento se isso não se reflete em minha prática?

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Professores de ouro - Parte 7



Professores de ouro - Parte I
Professores de ouro - Parte 2
Professores de ouro - Parte 3


Cristo é um Rei que resolve os problemas – As pessoas iam até Jesus por que ele resolvia o problema delas. Em sala de aula fugimos dos problemas, Jesus ia ao encontro de quem os tinha. Um dia os discípulos tentaram libertar um endemoniado, não conseguiram e procuraram a ajuda de Jesus que libertou o homem oprimido. Os discípulos o questionaram apesar de terem tentado e feito aparentemente tudo certinho não tinham conseguido expulsar o capeta do corpo do indivíduo. Jesus respondeu que aquela legião só saia com jejum e oração. O importante então, é fazer o que está ao seu alcance, o possível na circunstância  encontrada e senão, pedir ajuda. Dizem que professor nesse país não é valorizado, de fato não é, mas ao mesmo tempo nos tratam como se fossemos heróis, estão sempre a esperar que salvemos a nação. A realidade é que assim como os discípulos de Jesus, muitas vezes não conseguimos resolver todos os problemas que se avolumam sobre nós. O que se espera então é que façamos o possível. Acho que se o abacaxi chegou a minha mão, devo descascar e não passar adiante ou me omitir, apenas fazer o que for necessário ou simplesmente o que é possível. Resolver problemas nem sempre é resolver o problema, mas encaminhar para quem possa. Fazer tudo certinho nem sempre garante o resultado esperado. O importante é ser humilde e levar o caso a quem ofereça uma solução, ao fazer isto, já estarei resolvendo o problema.