domingo, 15 de maio de 2011

Jesus, Osama e seus métodos



Recentemente foi capturado o ícone do terror. Amplamente alardeado nas mídias, aquele que legou ao mundo um rastro de apreensão e destruição agora já não vive mais, porém seus métodos sim.

Osama Bin Laden conquistou a admiração e o respeito de seus seguidores, o medo de seus inimigos. Criou redes autônomas. Formou homens capazes de dar a vida por sua “causa”. Ensinou a vingança, a defesa do emprego da força sobre o diálogo. Sua metodologia consistia em ameaças, torturas, sequestros, explosões e mortes. Foi um mestre em sua matéria, mas o que deixou? Como nos lembraremos dele?

O método de Jesus ao contrário era um só, o amor. Não seguia a racionalidade humana, não condicionava seu discurso aos seus interesses pessoais ou sua reação ao comportamento dos outros, mas em concordância à sua consciência que o impelia à caridade, o perdão e o acolhimento sem distinção. Ensinou a alimentar quem tem fome (Lucas 9:12-17), a devolver a autoestima de quem estava com a alma no pó (João 1: 1-11), a curar os enfermos e libertar ( Mateus 8:16). A metodologia usada por ele consistia em mensagens curtas, mas de efeito mais poderoso do que um avião em chamas (Mateus 13: 3-8; Marcos 4: 30-32; Lucas 19: 12-27). Também, e principalmente, pela força do exemplo que legitimava seu discurso e fazia com que todos percebessem que era especial e diferente. 

E nós, como seremos lembrados? Como professores que trouxeram paz e descanso ao coração de nossos alunos ou disseminaram o temor de se expressarem, o receio de errar...? 

Aos educadores não basta ensinar. É necessário saber o que se está ensinando, como, quais os resultados que espera alcançar, que tipo de discípulo está sendo formado, se este irá seguir e multiplicar ou abandonar o que ensinou. Sobretudo, inovar em seus métodos. Em Lucas 4:36 uma multidão espantada se perguntava que homem era aquele que falava com tamanha autoridade e poder, pois não era uma mensagem a qual estavam acostumados, mas viva e eficaz. Jesus não precisou de um Boeing super moderno para chamar a atenção, apenas de quebrar a rotina, o enfado das longas, mas vazias pregações, do “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”.   Depois disso a Bíblia diz que sua fama então corria por todos os lugares. Enquanto fizermos o que sempre foi feito, não haverá mudanças, tampouco reconhecimento. Professores que se destacam são os que dominam o conteúdo, o espaço, o tempo. Estes então serão procurados, não pelo terror, mas a belezura de aula que ministram.

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