segunda-feira, 4 de julho de 2011

Você já se batizou? - Parte 2




“E eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; cujas alparcas não sou digno de levar; ele vos batizará com o Espírito Santo, e com fogo”. (MATEUS 3:11)

Em Lucas 6:43-45 Jesus compara os homens à árvores e diz que produzem frutos segundo a sua espécie. Ser batizado com o Espírito é receber a seiva que nutre a árvore e a mantém forte e saudável para manifestar os frutos que se espera dela. Em Galátas 5:22 a bíblia nos fala que frutos são esses:

Amor (caridade) – Ágape é o amor de Deus que se manifesta na entrega, na doação sem esperar nada em troca, (JOÃO 3:16), que ama até os inimigos. Sabemos das dificuldades do processo de ensino aprendizagem e de como ser professor nesse país é receber quase nenhum tipo de reconhecimento e valorização, educar com amor é bom no início, mas se enfraquece no caminho. Não acredito em uma prática movida apenas por amor à educação, o professor tem necessidades de várias ordens e que precisam ser supridas. Não nego que a educação seja mais do que uma profissão ou uma missão ou ainda um sacerdócio, mas não vejo o professor sendo um mártir. Porém, amar o que faz é necessário. Ir para a sala de aula com raiva no coração por conta das situações que conhecemos e fazer menos do que poderia nos desqualifica. “Amar” somente os que seguem os padrões das nossas expectativas, também. Amar não é sentimento, é atitude. Há alunos que nos tiram do sério, mas amá-los é não ignorá-los, pô-los à margem, tratá-los com indiferença, humilhar com comentários desabonadores e usar de expediente como trabalhos e provas para puni-los. Amar é se colocar no lugar do outro. Na educação é ensinar como gostaria de aprender.

Alegria (Gozo) – Em Neemias 8:10 a bíblia diz que a alegria do Senhor é a minha força. A alegria do Espírito não está condicionada as circunstâncias, mas da certeza que mesmo em meio às dificuldades, Ele está conosco para nos ajudar.  Manter o entusiasmo é essencial no fazer pedagógico. A tristeza é um pássaro que pode pousar em nossa cabeça, mas só fará ninho se deixarmos. Ser alegre é uma decisão. Devemos nos afastar de ouvir o pessimismo e as lamúrias de alguns colegas e buscar estar com aqueles que nos põe para cima, que veem o lado bom das coisas, que nos incentivam e nos ajudam a sermos melhores. A alegria é mantida quando renovamos a nossa mente, inundando-a com o que nos motiva.

Paz – Às vezes a nossa sala de aula vira um campo de batalha, os alunos são tomados de apreensão e manter a tranquilidade é nosso dever. Mas como se nós mesmos nos deixamos abalar? Acho que a experiência nos dá a paz que precisamos para afastarmos o medo, a ansiedade e preocupações que se levantam, pois vamos adquirindo a confiança para lidar com as adversidades e descobrir os atalhos para superá-los. Planejar, organizar e, sobretudo conhecer mais e mais, nos dará a paz para conduzir o processo educativo. O contrário gera agitação, angústia e sofrimento. 

Ser batizado no Espírito em nosso contexto, portanto, é produzir frutos como amor, alegria e paz, os três primeiros que veremos.

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