sábado, 2 de julho de 2011

O traje e a dieta dos professores – Parte Final






Em Mateus 3:4 a Bíblia diz: “E João andava vestido de pelos de camelo, e com um cinto de couro em redor de seus lombos, e comia gafanhotos e mel silvestre”. 


Em Mateus 12:34 Jesus disse que a boca fala do que o coração está cheio. Do que estamos nos alimentando? Qual a dieta que temos adotado? Nossas aulas são o reflexo daquilo que temos consumido diariamente seja em termos de sentimentos quanto de conhecimentos. Nossa prática é fruto do que ingerimos através do que estamos vendo, ouvindo, lendo ou não. João comia gafanhotos e mel. Gafanhotos representam destruição. Quando se juntam, esses animais arrasam plantações inteiras. A união faz a força, mas na escola o que vigora na maioria das vezes são ações isoladas que não geram grandes resultados. Estamos plantando boas sementes ou danificando os ramos do interesse de aprender com o amargo de uma prática inseticida? Obviamente que queríamos que o processo de ensino e aprendizagem tivesse sempre o gosto doce do mel, mas às vezes temos de lidar com algumas “pragas”, alunos que fogem ao padrão de nossas expectativas. Gostaríamos que já viessem prontos ou pelo menos semi-prontos como um produto exposto na prateleira de um supermercado, porém, não é assim. O que fazer? Basicamente tenho observado três posturas: a primeira permite que o aluno indisciplinado influencie os demais transformando num caos a sala de aula ou então abandonar os que possuem um ritmo de aprendizagem mais lento; a segunda o esmaga; e a terceira pode não salvar, mas se esforça, faz algo, pois depois de um ano letivo inteiro ao menos um pouco precisa ter melhorado em algum aspecto. Como dissemos anteriormente, nossa posição será consequência dos pensamentos, emoções e saberes que estamos absorvendo em nossa mente e coração. O mel é um alimento que revigora quem está cansado e nervoso, acelera a cicatrização da pele em feridas e queimaduras leves, hidrata e limpa a pele dentre tantas outras qualidades. Cansados, nervosos, feridos e com um semblante abatido, eis o retrato de muitos professores. Estou quase totalmente convencido que o gosto amargo nunca está fora, mas dentro de nós. Eu faço com que fique doce a minha prática. Engolir gafanhotos sempre será uma constante em nosso fazer pedagógico, mas encontrar o detalhe que nos motiva, o doce que nos eleva acima dos problemas é fundamental para não nos sentirmos arrasados. Temos de nos vestir de alegria e se alimentar do que faz bem a nossa alma. 

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