sexta-feira, 1 de julho de 2011

O traje e a dieta dos professores – Parte 4




O traje e a dieta dos professores

O traje e a dieta dos professorres - Parte 2

O traje e a dieta dos professores - Parte 3


Em Mateus 3:4 a Bíblia diz: “E João andava vestido de pelos de camelo, e com um cinto de couro em redor de seus lombos, e comia gafanhotos e mel silvestre”. 




O cinto de couro é o que oprime o boi e que embeleza a vestimenta de alguém. O comportamento autoritário, inflexível e rígido traz feiura à sala de aula. Jesus não negociava seus princípios e velava por sua palavra denunciando os hipócritas, mas não era intransigente, ao contrário se mostrava tolerante com os pecadores. A lição do mestre é que não devemos “passar a mão na cabeça” do aluno, mas também não se pode condenar, esmagar. Parece haver uma linha tênue entre ser autoritário e agir com autoridade e nos questionamos até que ponto podemos ir. Creio que o importante é sabermos se nossas ações estão ferindo os alunos, provocando dor e sofrimento, tirando deles a liberdade de se expressarem, se está havendo a quebra do diálogo. Uma das características do couro é que ele “respira” moldando-se ao utilizador. Isso fala de uma atitude flexível. O processo de respiração é a troca de gases que irão gerar a energia necessária para o organismo desempenhar suas atividades. Assim, professores que sufocam seus alunos com críticas constantes, exigências descabidas e incoerentes e rotinas maçantes, retiram a energia da turma, a disposição para aprender. O couro é um material resistente às flexões e o calor, mas muitos em sua prática confundem os sentidos e ao invés da resistência que conduz ao fortalecimento de ações eficazes mesmo em face das muitas dificuldades que enfrentamos, resistem às mudanças. Num mundo onde as informações se propagam com velocidade, o conhecimento se multiplica e novos modos de ensinar e aprender aflora a rigidez de comportamento e métodos não se enquadram nessa realidade. Cintos possuem uma funcionalidade básica, seguram as calças. Fica a pergunta: nossa prática está oprimindo ou firmando o aluno? João andava com um cinto de couro mostrando-nos que não devemos nos omitir de denunciar o erro, mas também que não devemos deixar de agir com compreensão corrigindo com amor e paciência, abertos às inovações que surgem ou simplesmente criando um novo jeito de caminhar, ousando romper com nossos próprios padrões em busca da excelência. 

Fontes: 
  http://www.euroleather.com/portuguese_brochure.htm
http://patymari.sites.uol.com.br/respiratorio.htm
 



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